terça-feira, 23 de novembro de 2010

Governo do Rio pede a transferência de pelo menos 8 presos, diz Beltrame

O governo do Rio pediu nesta terça-feira (23) a transferência de pelo menos oito detentos para presídios de segurança máxima fora do estado. A informação é do secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, que afirma que esse número pode chegar a 13. O pedido de transferência já foi feito à Vara de Execuções Penais.
Por volta das 19h30 desta terça, o Tribunal de Justiça do Rio confirmou que o pedido de transferência dos presos foi aceito no Rio. Mas, para que os detentos sejam levados para outro estado, é preciso que a Justiça Federal do estado que vai recebê-los também aceite.
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Ainda segundo Beltrame, que participa de um coletiva na sede da Secretaria de Segurança Pública, no Centro da cidade, esses detentos seriam chefes de facções criminosas importantes e precisam ser afastados do Rio de Janeiro. O secretário voltou a afirmar nesta terça que os ataques que vêm acontecendo são uma represália à política de segurança implantada no estado, que tem como principal foco as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) instaladas nas favelas.
“Quanto mais provocarem as nossas propostas, mais forças terão as nossas ações”, diz o secretário. Segundo ele, há, ao todo, 450 policiais nas ruas do Rio, sendo 300 policiais militares e 150 policiais civis.
Informações apontam que algumas ordens podem ter partido da Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Catanduvas (PR), mas, para Beltrame, esses dados são escassos e ainda estão em análise.
O secretário também confirmou que o governo recebeu informações, ainda não confirmadas pelos órgãos de inteligência da polícia, de que duas grandes facções criminosas do Rio teriam se unido para ordenar os ataques. Ele explicou também que a Secretaria recebeu há cerca de um mês algumas informações sobre os atos criminosos, mas de acordo com Beltrame, muitos deles não se confirmaram ou foram reprimidos pela polícia.
Apesar do caos e da sensação de insegurança dos moradores do Rio, para Beltrame, esses ataques não são representam o momento mais crítico da política das UPPs. A princípio, o secretário revelou que não pretende usar a Força Nacional para conter os atos criminosos.
“Quem atravessar o caminho daquilo que está sendo posto ao Rio será atropelado”. “Não temos a pretensão de acabar com o tráfico. Ele existe em Nova York, em Paris, e em qualquer lugar do mundo. Mas o território imposto por armas de fogo tem que acabar”, falou.

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